16 novembro 2007

Commandos 3: Destination Berlin


Commandos 3: Destination Berlin é o terceiro título da lendária série de estratégia de combate lançada no final dos anos 90 para PCs. Logo, a expectativa ao longo do último ano para a continuação foi muito grande e, após o lançamento no mercado brasileiro pela GreenLeaf, poderemos conferir a seguir o que o jogo tem a oferecer.

Imerso profundamente no cenário da segunda guerra mundial, fazendo uso intensivo de artifícios pirotécnicos e gráficos muito bem detalhados, o game apesar de algumas falhas, ainda é extremamente viciante e transmite muita emoção ao jogador, sendo melhor que seus antecessores.

A Eidos e a desenvolvedora Pyro trouxeram Tiny McHale e toda a sua equipe nesta nova produção repleta de movimentos e planos de estratégia, mas você pode estar se perguntando: o que há de novo?! Muito pouco, a sensação é de estar jogando um bônus pack para o Commandos 2.




Jogabilidade:
Poucas mudanças são perceptíveis. Os vários personagens podem usar ataque silencioso, carregar os corpos para ocultá-los do inimigo, mas estas habilidades já estavam inclusas na versão anterior. A estrutura das missões mudou, e agora o jogo está dividido em 3 campanhas com missões diferenciadas, que podem ser jogadas em qualquer ordem. Mas todo o conceito de jogabilidade está centralizado em derrubar guaritas alemãs, explodir veículos do inimigo entre outros já conhecidos do público.

Porém, há algumas mudanças que não são bem-vindas. Commandos sempre teve uma reputação de extremamente difícil, porque ao menor vacilo todo o esforço gasto durante a fase era posta em risco, desde o primeiro movimento até aquele decisivo para completar todos os objetivos, trazendo aquela horda de alemães gritando o famoso “Alarm! Alarm!” que tantos jogadores abominavam. Estes jogos demandam uma precisão incrível que a interface não é capaz de oferecer. E só piora nesta última versão, onde atalhos para o item disponível para ação rápida foram removidos. Se você quiser carregar determinada arma, é necessário percorrer uma lista, e retirar as teclas de acesso rápido comprometeu demais a jogabilidade. Nos momentos de desespero, é muito fácil perder o controle da situação porque o jogador acaba se atrapalhando com as teclas.

Nos títulos anteriores, um único tiro era capaz de disparar um alarme, o que significava o fim da missão. Já em Commandos 3, há uma grande ênfase em dar aos jogadores uma maior flexibilidade para completar as missões. Se você deseja passar as fases no modo “stealth”, sem fazer barulho ou ser percebido, você pode. Se preferir sair atirando carregado de armas e munição, consegue acabá-las do mesmo modo. Dar aos comandos um nível igual de habilidades e armas reduz a individualidade e especialização de cada personagem, o que descaracteriza a série, mas ao mesmo tempo diminui o grau de dificuldade, deixando o jogo mais agradável também.

Agora, atirar pode não disparar um alarme caso esteja fora do alcance de escuta do inimigo, ou dentro de uma construção, com armas como lança-chamas, facas, estrangulamento e corda de piano, há outros meios de derrubar o inimigo. O jogo recompensa a exploração do mapa, e há casos onde é possível achar uma arma melhor ou uma caixa de explosivos próximos ao corpo de inimigos mortos.

Paciência é uma virtude quando estamos falando de Commandos. É quase impossível terminar o game sem carregar inúmeras vezes o mesmo save-game, porque estão presentes missões com tempo determinado e eventos em forma de script (vão aparecendo conforme outros são completados).

O jogo sofre também de falta de informações. Os tutoriais não explicam muito bem o que fazer, e por isso a consulta ao manual do jogo se faz obrigatória, mas que acabam gerando algumas confusões. Por exemplo: cada comando pode roubar um uniforme alemão e vesti-lo para despistar o inimigo. O manual explica que “esses oficiais e os membros da Gestapo podem reconhecê-lo mesmo disfarçado”, mas por diversas vezes soldados comuns também descobrem a sua verdadeira identidade. Outro detalhe é que os uniformes aparentam ter classificações numéricas que vão tendo seu valor deteriorado, mas o manual simplesmente omite essas informações. Existem também outros itens não cobertos pela manual, como a habilidade de distração ou como utilizar granadas de gás paralisante. É possível prosseguir no jogo sem utilizar tais armas ou técnicas, mas o jogo perde um pouco da característica original.




Áudio:
Sem muitas inovações, a música de Mateo Pascual monta uma bela trilha sonora. Os efeitos de áudio e vozes bem nítidas e claras, complementando uma boa atmosfera de segunda guerra, mantendo o bom nível da série, sem maiores novidades.


MultiPlayer:
Estreando na série, o recurso multiplayer é ao mesmo tempo inovador e decepcionante. Decepcionante porque sempre se esperou de um jogo desses um modo cooperativo, onde cada jogador deveria controlar um comando e atuar junto com outros players como uma equipe, e infelizmente só estão disponíveis as opções de deathmatch e modo capture-the-flag para até 12 jogadores pela internet ou em rede. Mesmo assim, é uma das principais novidades do game, e seus modos de jogo até conseguem empolgar, oferecendo novos desafio aos amantes da série.




Gráficos:
Graficamente, o jogo está bem melhor do que nas versões anteriores. Há efeitos convincentes de neve e chuva para realçar as diferentes estações e locais de batalha. Cada personagem no jogo é renderizado com um detalhamento fantástico e as cut-scenes dentro do jogo são excelentes. O mapa em si continua em 2D, mas os interiores são ambientados em 3D em tempo real, permitindo que você consiga rotacionar suavemente o mapa em qualquer direção. Já a resolução do jogo deixa a desejar, sendo apenas 800x600, sem opção de mudança, o que é muito pouco para os jogos nos padrões atuais.

Commandos 3 ainda traz uma boa variedade de cenários, todos muito bem desenhados e que mantêm o clima de II Guerra Mundial em todos os seus níveis. Talvez o único ponto negativo é que o game se tornou bem mais pesado em relação ao primeiro, necessitando de uma máquina razoavelmente atualizada, mesmo com a limitação da resolução gráfica.




Conclusão:
Se você é um grande fã da série Comandos, certamente ainda vai continuar gostando desta continuação. Mesmo não sendo tudo flores para o Commandos 3: Destination Berlin, como a movimentação e os puzzles com tempo marcado que chegam a irritar qualquer um, completar uma missão de nível mais difícil sempre dá aquela sensação de dever cumprido acompanhada de um grito de “YES!” (ou pelo menos em pensamento).

A interface do game atrapalha, assim como alguns problemas com o jogo e uma falha na documentação que também prejudicam a jogabilidade, mas nada que tire o brilho da aclamada série Commandos.

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